Justamente por se aventurar em terras desconhecidas, não ter medo de experimentar e de não dar a mínima para o que dizem, o Korn conseguiu se tornar uma banda de sucesso no final dos anos 1990 e na primeira metade dos 2000.
Acontece que o tal do Nu Metal que Jonathan Davis e sua turma faziam foi ficando chato até mesmo para quem aprovava esse tipo de som. Muitas bandas apareceram seguindo a mesma linha e o estilo acabou se enfraquecendo. Eis que o Korn, agora, consegue se reinventar. “The Path of Totality”, pelo menos, é uma tentativa ousada disso. Uma grande aposta dos americanos.
O baixo e a guitarra trazem aquele timbre característico e a afinação “lá embaixo”. A voz de Davis também continua trêmula e arrastada. Mas aqui, isso tudo fica em segundo plano. Esqueça as levadas tradicionais de bateria. O “grande lance” do Korn agora são as batidas eletrônicas. O moderninho ‘dubstep’, para ser mais preciso.
As faixas trazem uma base carregadíssima que toma conta do som, escancarando a proposta do grupo. A produção ficou dividida entre Davis e alguns DJs e especialistas em dubstep como Skrillex, além de outros de drum’ bass e electro house.
Quem sempre apoiou a busca por novos caminhos, pode dar uma chance e até se divertir com o disco, embora seja exagerado e um pouco enjoativo. Para quem já não gosta de Korn, porém, “The Path of Totality” é um alvo fácil.
Confira um ‘preview’ do álbum, editado pela gravadora:
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